Caderno Especial Carvão Mineral Zero Hora
Publicação:

Carvão como propulsor do desenvolvimento social
Artigo Elifas Simas
O desenvolvimento de uma nação requer segurança energética e o carvão vem reconquistando sua representatividade no cenário econômico, em especial no Rio Grande do Sul, onde é vital para a geração de renda e desenvolvimento social.
Encontrado em 70 países, o carvão é ativamente minerado em 50 e fornece mais de 30% da energia primária do mundo, sendo responsável por 41% de eletricidade produzida.
Assim como na maioria dos países, o carvão mineral é indispensável à manutenção de infraestruturas modernas de transporte e urbanização. O Brasil está redescobrindo esta força como matéria prima essencial para a redução da pobreza, desenvolvimento econômico e prosperidade futura, através da abundância de reservas e do baixo custo.
Nas últimas três décadas a China multiplicou sua produção e deu o acesso à rede elétrica a 99% de sua população. Isso elevou 662 milhões de pessoas a níveis acima da linha da pobreza, bem como o aumento da expectativa de vida. Muitos fatores contribuíram, mas o carvão foi o combustível propulsor das soluções. Portanto, a questão não é se livrar do carvão, mas sim acessar seus benefícios e minimizar os impactos.
No contexto global, o carvão sozinho é comparável com a contribuição da energia nuclear, energias renováveis, óleo e gás natural combinados e permanece como o combustível que mais cresce em utilização no mundo.
Os planos do Brasil em erradicar a probreza certamente passam pela solução as deficiências energéticas. Nossos governantes têm em mente que não basta garantir acesso apenas a uma lâmpada em uma casa em zona rural, uma geladeira e um ventilador. Para a possibilidades de aumento de produtividade e atração de investimentos, o Carvão continua como a segurança energética necessária e indispensável para os próximos séculos.
O leilão A-5 de dezembro traz a chance de reafirmar nosso potencial carbonífero e alavancar o crescimento econômico tão almejado. Associado à liderança gaúcha na geração de energia eólica, há possibilidades de que nos próximos cinco anos possamos passar de importadores de mais de 60% do que consumimos para exportadores.
A grande maioria das coisas que trazem qualidade de vida dependem de energia, mas para tanto, devemos dispor de todas as formas energéticas. Não em detrimento de uma fonte a outra, mas em comunhão e complemento, gerando condições de desenvolvimento e crescimento com justiça social.