As colaboradoras da Mina de Candiota da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Jaline Lopes e Carmen Castro, técnicas de enfermagem e segurança respectivamente, participaram na manhã de terça-feira, 19/08, da palestra “Vencendo desafios e projetando o futuro: abrindo caminhos para inclusão”, com o Cláudio Luciano Dusik. A atividade abriu a Semana da Pessoa com Deficiência, promovida pela Prefeitura de Candiota, através do Centro de Reabilitação e Apoio (CRA). O evento foi realizado na Câmara de Vereadores na presença da comunidade escolar e demais instituições locais. Participou também, a assistente social do Sesi (Serviço Social da Industria), que presta serviços para Companhia, Sílvia Rochedo.

Dusik, que é portador de uma doença rara, chamada de atrofia espinal muscular infantil, contou sua trajetória de superação.  Assim que foi diagnosticada a doença, quando criança, os médicos lhe deram até sete anos de vida, mas ele já passou dos 30 e leva seu exemplo para plateias de todo o Brasil e do exterior. Psicólogo e mestre em educação, atualmente é doutorando em educação inclusiva. Reside em Esteio/RS e conta com atenção integral da mãe Elisa nos eventos que ministra.

Segundo ele, a sociedade viveu muito tempo de forma excludente, assim como a educação, e só com a Constituição de 1988 é que foi possível fazer dela um direito de todos. “Se a educação não for inclusiva, é qualquer coisa, é qualquer coisa menos educação”, argumentou Dusik, salientando que é até um pleonasmo utilizar as duas palavras juntas.

Sem colocar-se como vítima do sistema, muito pelo contrário, demonstrando otimismo e incentivo ao respeito às diferenças, Claudinho, como gosta de ser chamado, utilizou uma linguagem simples que fomentou a convivência com as diferenças. “Todos nós temos um enorme potencial de vida, por mais ínfimo que seja, jamais podemos calcular nossa capacidade, tudo isso depende das nossas decisões e para isso temos que ter sempre coragem”, complementou o educador, que durante toda a manhã deu um testemunho incentivador.

Ele expôs também que a escola tem muitos desafios a enfrentar, que a educação já é integradora mas ainda não inclusiva na totalidade. Mesmo assim, salientou a importância dos pais em possibilitar que os filhos com deficiência estudem e interajam. “A escola me ensinou o desejo de vida, vida que conheci com e sem degraus”, complementou Claudinho Dusik.    

Conforme Jaline, a participação da CRM se justifica, em virtude do engajamento da empresa junto à comunidade e também a inserção de colaboradores com deficiência, inclusive, com a disponibilização de vagas no último concurso. “Nossa cultura tem uma experiência ainda pequena em relação à inclusão social, ele nos mostrou que ainda temos muito a evoluir e que todos somos iguais se tivermos as mesmas oportunidades. Exemplo de superação", finalizou a técnica em enfermagem.