Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura
Início do conteúdo

Energia nuclear: um risco que o Brasil não precisa correr

Publicação:

O secretário do Planejamento e Desenvolvimento do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, avalia a geração nuclear como solução ao sistema energético brasileiro. Porém, antes de apontar este modelo como alternativa é necessário avaliar outras fontes complementares que oferecem menores riscos e maiores reflexos econômicos e sociais.


O modelo brasileiro baseado na geração limpa levou o país a apostar todas suas fichas nos reservatórios de hidrelétricas, que em pouco tempo se mostraram insuficientes. Atualmente, os projetos a ‘fio d´água', sem reservatório e que geram pouca energia no período seco, vêm deixando o sistema menos confiável. Previsões indicam que em meados da década de 20 a geração hídrica não será capaz de atender a demanda que cresce 6 mil MW ao ano.



Rico em carvão mineral, o Sul do Brasil pode garantir a segurança necessária com potencial para transformar o Rio Grande do Sul, que atualmente importa 60% do que consome, em exportador de energia. Não podemos pular etapas e buscar na geração nuclear a solução aos problemas enquanto países como a Alemanha e Japão vêm substituindo este modelo por térmicas a carvão e eólicas em decorrência dos enormes riscos, a exemplo do desastre causado em Fukushima em 2011. Energia nuclear é um risco que o Brasil não pode e não deve correr.



Hoje, o consumo energético no Sul do País cresce consideravelmente além da média nacional e deve aumentar ainda mais neste ano de 2014 quando iniciam as operações na interligação elétrica Brasil-Uruguai. Com 400 km de extensão e capacidade de 500 megawatts, o "linhão" entre os dois países forçará a demanda, agravando os riscos do sistema não suportar.


O Rio Grande do Sul está crescendo, e para manter o ritmo, precisa de energia. Neste contexto, a geração firme e segura passa fundamentalmente pela utilização do carvão mineral gaúcho e suas diversas aplicações.


O caminho é perseguir o conhecimento acerca da gaseificação do carvão para permitir ao Estado a produção de energia elétrica economicamente sustentável para abastecimento interno e externo, com menor impacto ambiental e servir como alternativa até mesmo ao gás natural.


Elifas Simas
Presidente da Companhia Riograndense de Mineração

Site CRM