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Pequena Central Térmica pode dar novas perspectivas a São Jerônimo e Minas do Leão

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A utilização de uma Pequena Central Térmica (PCT) foi apontada como solução para o cenário econômico de São Jerônimo e Minas do Leão que vivem incertezas quanto ao fechamento da Usina na região. A afirmação foi do presidente da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), Luiz Antonio Antoniazzi, em reunião da Comissão Especial do Carvão Mineral e Energia Eólica da Assembleia, nesta segunda-feira (13).

 

Durante a audiência sobre potencialidades do carvão mineral como gerador de energia, o presidente da Cientec avaliou o caráter deficitário da Usina de São Jerônimo que já é considerada obsoleta. Segundo ele, ao implantar uma PCT com potencial de 20 megawatts, haveria a possibilidade de estabilizar a geração elétrica e garantir a sustentabilidade econômica às populações do entorno.

 

Presente à audiência, o Superintendente de Engenharia da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), João Batista Casanova Garcia, defende as PCTs como solução. Segundo ele, a abertura do leilão A-5 para o carvão gaúcho abre inúmeras possibilidades a todo o Rio Grande do Sul. “Com as Pequenas Centrais, as populações de São Jerônimo e Minas do Leão têm uma nova perspectiva. O processo térmico na região poderá ser modernizado para evitar um impacto profundo na economia local e garantir energia firme para abastecer a região”, frisou. O engenheiro apontou que a CRM tem capacidade para acompanhar tal desenvolvimento e garantir o fornecimento do carvão. Além disso, Casanova enfatiza que uma PCT tem emissões muito pequenas, até mesmo em relação às usinas mais modernas.

 

As Pequenas Centrais Térmicas são “flex”, funcionando à base de carvão mineral e biomassa (incluindo resíduos agrícolas e industriais). Em um projeto desenvolvido pela Cientec, CRM e CEEE, a PCT é considerada a solução para problemas de energia elétrica, até mesmo em localidades mais afastadas onde produtores rurais enfrentam problemas no abastecimento elétrico. Com uma tecnologia denominada “queima limpa”, que reduz as emissões de poluentes, os resíduos podem ser aproveitados na fabricação diversos materiais, como por exemplo, tijolos para a construção civil, com custos mais acessíveis.

 

Entre as tecnologias já em estudo pela Cientec, a aplicação carboquímica da gaseificação já demonstra possibilidades. Fertilizantes, hidrogênio, plásticos, lubrificantes de alto desempenho e até mesmo metanol, são metas de aplicação do carvão para os próximos anos. A Agência Internacional de Energia (IEA) projeta que em 2017 o carvão mineral estará empatado com o petróleo como maior fonte de energia para o mundo. O Ministério de Minas e Energia estima que as reservas de carvão no País superem em até três vezes as reservas de petróleo (incluindo as do pré-sal).

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